domingo, 24 de janeiro de 2016

Quando imagino, tudo é real.


Me sinto vivo quando me permito sentir todas essas coisas, e só de poder sentir, fechar os olhos e imaginar, como se tudo me rasgasse a pele, como se tudo fosse real, é como se estar sempre embriagado, só para não ter de enxergar as doses de sossego se esvaírem e o tornar da lucidez… Enquanto essas tristezas virem a tona, novamente, terei de sair de mim. Porque quando sinto, tudo é real. Todas as lembranças se arrastam até onde estou, me transportando para longe do que sou. É como se fechar os olhos e estar transando com o vento, e é como se a borracha do pensamento exilasse o pragmático – o que é real– e abraçasse a enigmática vontade de sentir e se imaginar fazendo o que sempre me traz paz… Ir de encontro com a solidão.