Palavras Ligeiras
Nunca fui bom com as palavras corridas, quase sempre, desengonçado e atropelando todas as regras universais da gramática. Nunca resistia aos quebra textos (os enter) e isso a inquietava - deixava-a maluca-. Ela me dizia que era uma mania engraçada e torta de eu descrever tudo o eu pensava, e que no final, só retratava o quanto minha vida era bagunçada. Eu sempre mandava o que eu queria falar, de maneira ligeira e despedaçada. Texto quebrado, cheio de remendos e com uma quantidade absurda de abreviações ( abreviações essas, que nem existiam e que até eu, tinha dificuldade de entender). Estranha mania de escrever pela metade e de sempre deixar as coisas pela metade. Eu, essa mania de sempre viver pela metade e de exilar uma conquista por inteira. Mania de sempre faltar e nunca sobrar... E de sempre ter pra quem espera, o que eu nunca tenho pra dar.
terça-feira, 28 de julho de 2015
sábado, 25 de julho de 2015
Fugazes Prazeres
Como se o peito dele me cobrisse a alma e como se minha alma - nua - despisse o mundo... Me exilasse de tudo e eu esquecesse de todas as outras vezes que me senti assim.
Olhos cheios d’água
Sabe me ganhar
E me prender com um olhar
E quando me deita, dos pés à cabeça, sabe me amar...
Me tem em suas mãos.
Sabe me enganar
E me conquistar
Me arrepiar ao sussurrar, me tem a alma...
Conhece meus pontos de solidão.
Confunde meus passos
Depois dos amassos
Depois que me toca,
Diz q vai embora
Me deixando nua
E ao partir pela rua
Me deixa assim
Com os olhos cheios d’água
E com a alma amargurada
Depois de uma noite de prazer,
Mais uma vez eu caí.
Olhos cheios d’água
Sabe me ganhar
E me prender com um olhar
E quando me deita, dos pés à cabeça, sabe me amar...
Me tem em suas mãos.
Sabe me enganar
E me conquistar
Me arrepiar ao sussurrar, me tem a alma...
Conhece meus pontos de solidão.
Confunde meus passos
Depois dos amassos
Depois que me toca,
Diz q vai embora
Me deixando nua
E ao partir pela rua
Me deixa assim
Com os olhos cheios d’água
E com a alma amargurada
Depois de uma noite de prazer,
Mais uma vez eu caí.
sexta-feira, 17 de julho de 2015
As garotas, não!
As garotas, não.
Garotos são remotos demais, capaz de mentir, de fugir, se esconder e chorar.
E o tempo traz sua traição, por um pouco de aflição, jogam tudo pelo ar.
Garotos pedem perdão, infiéis sem compaixão, não sabem perdoar.
E sem saber onde estão, nunca se perdem, até alguém lhe dizer onde está.
Garotos perdem a atenção, são cruéis sem intenção, que insistem em magoar.
E se sentem vorazes demais, pros amores inventados em que se afundam, sem se entregar.
Garotos são a invenção, da perfeita equação, de uma gente que tende a errar.
De uma louca contradição, entre fé e razão e de tudo o que se há.
As garotas, não!
segunda-feira, 13 de julho de 2015
A danada da Celulite
Hoje conheci uma senhora muito simpática e cuidei logo de apelida-la: "A senhora Ite e ose", muito encantadora. Também, como poderia não ser? Ela se gabava de todas as doenças que já teve, que convive e que ainda vai descobrir. E o mais engraçado de tudo, todas as " doenças" ditadas com orgulho por ela, curiosamente, tinha o sufixo ite ou o ose.
Vai ver, ela encontrou o jeito " Pessoa de viver", que só de ouvir o vento passar, Já valeu a pena ter nascido!
Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.
Fernando Pessoa
A senhora Ite e ose
Ela tinha bigode,
Artrite e Artrose;
Já teve meningite
E agora osteoporose.
Já teve renite,
Bronquite, lardose,
sinusite, tendinite
e até alergia a lactose.
Convive com a Bursite,
Apendicite e a cifose;
Sobreviveu as hepatites
E até à falta de glicose
Teve conjuntivite
Sofreu de Gastrite (como todo pobre)
Mas o pior mesmo, ela me disse:
"É conviver com a danada da celulite.
Essa, de todas as doenças que eu sofro,
Dói mais forte!"
Vai ver, ela encontrou o jeito " Pessoa de viver", que só de ouvir o vento passar, Já valeu a pena ter nascido!
Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.
Fernando Pessoa
A senhora Ite e ose
Ela tinha bigode,
Artrite e Artrose;
Já teve meningite
E agora osteoporose.
Já teve renite,
Bronquite, lardose,
sinusite, tendinite
e até alergia a lactose.
Convive com a Bursite,
Apendicite e a cifose;
Sobreviveu as hepatites
E até à falta de glicose
Teve conjuntivite
Sofreu de Gastrite (como todo pobre)
Mas o pior mesmo, ela me disse:
"É conviver com a danada da celulite.
Essa, de todas as doenças que eu sofro,
Dói mais forte!"
domingo, 12 de julho de 2015
Coração de pedra
Não vou contar-lhes a história que me levou a escrever sobre essa mulher de coração de pedra, deixarei que ela fale por se só.
Se entrega.
Sem medo de se dar,
De se perder e se achar
E se doar... E de doer.
Deixa de medo de amar
E de sofrer, e de chorar, e de calar...
Olhar p trás e se arrepender.
Esse teu medo de tocar,
De conhecer, se machucar,
De gostar... Medo de se envolver.
Por que o medo de se abrir
E de se entregar a quem tanto quer vc?
Larga esse coração de pedra
Vem e se entrega, se entrega de uma vez.
Larga esse coração de pedra
Não se nega, vem e se entrega.
Se entrega.
Sem medo de se dar,
De se perder e se achar
E se doar... E de doer.
Deixa de medo de amar
E de sofrer, e de chorar, e de calar...
Olhar p trás e se arrepender.
Esse teu medo de tocar,
De conhecer, se machucar,
De gostar... Medo de se envolver.
Por que o medo de se abrir
E de se entregar a quem tanto quer vc?
Larga esse coração de pedra
Vem e se entrega, se entrega de uma vez.
Larga esse coração de pedra
Não se nega, vem e se entrega.
sábado, 11 de julho de 2015
Se você não quer ficar
O tempo em que cabia tua vida
Era bom e justo ver teu riso frouxo
Hoje, é doido e triste, ver teu jeito justo
Eu queria um pouquinho da menina antiga
Só para rever na minha alma esquecida
O tempo em que cabia tua vida.
Era bom e justo ver teu riso frouxo
Hoje, é doido e triste, ver teu jeito justo
Eu queria um pouquinho da menina antiga
Só para rever na minha alma esquecida
O tempo em que cabia tua vida.
A moça bonita do Parque
Com aquele meio riso, ela virou e continuou a andar... Nunca saíra de mim.
No parque central
Tombei numa moça
De saia e de blusa
De pele franzina
E de cintura justa
Lá perto da ponte
No parque central
Parei de joelhos
Pedindo perdão
Pequei suas coisas
Que caíra ao chão
Perdoe-me moça
Estendendo minha mão
Sorriso sem graça
Rapidamente retrucou:
De nada seu moço
Sem problemas, senhor
Dedilhei o meu violão
Escondendo minha garfe
sofrimento foi ter que pedir perdão
A moça bonita do parque.
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Quando a gente pensa que vai dar pé
11/07/10, 00:21. Acordei assustado, o telefone tocava sem parar. Ouvindo paços gastos e distante, resolvi levantar-me e ver o que se passava. Com a cabeça encostada na parede e os olhos cheios d'água, vi lhe faltar as palavras - Meu irmão faleceu!
E assim já nem se ria
E assim já nem se ria
Mesmo à dor, se seguia
Sem nem brigas de irmãos
A rua Calada, sem correria
Sem quem inventasse os fins do dia
Nem Brincadeira de irmãos
Agora, o que se via
A solidão nas tardes vazias
Era aí que se doía
Quando nem mesmo se podia
Ter abraço de irmão.
E assim já nem se ria
E assim já nem se ria
Mesmo à dor, se seguia
Sem nem brigas de irmãos
A rua Calada, sem correria
Sem quem inventasse os fins do dia
Nem Brincadeira de irmãos
Agora, o que se via
A solidão nas tardes vazias
Era aí que se doía
Quando nem mesmo se podia
Ter abraço de irmão.
Por hoje
Chega uma hora que o tempo nos coloca no canto da parede e "tome-le" lapeada para cima e para baixo, nos fazendo enxergar coisas que, há um tempo, estavam fora dos nossos planos.
Como diz meu amigo Pessoa: "Quem quer nunca há de poder, porque se perder em querer."Então, por ontem e por hoje, inda estou vendo uma vida pra eu viver.
Ver uma vida pra eu viver
Por quanto pesa a calma
Nem peça pra eu viver
De tudo, me resta a alma
Mais nada tenho a perder.
E tudo que me prendia
Ver uma vida pra eu viver.
Nem peça pra eu viver
De tudo, me resta a alma
Mais nada tenho a perder.
E tudo que me prendia
Ver uma vida pra eu viver.
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