terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Só mais um pouco de tempo

Um tanto de tempo
Muito me refaz
Pra sentir o vento
Pensar no que deixei pra trás

Estar só, por um tempo 

Lembrar do que me vem e vai
Eu e os meus pensamentos
Indo em busca de um pouco de paz

Apagar fragmentos
O que ainda em mim recai
Passear pelo tempo
Enquanto ele me refaz ou faz

Só mais um pouco de tempo
E os pensamentos não me perturbarão mais
Pra eu organizar tudo aqui dentro
E tirar algumas coisas que ainda me deixando mal

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Estribilho da Saudade

E se não fosse pela falta que me faz, então por que estariam essas lágrimas caindo?
E se não fosse pela saudade que me desfaz, por que eu estaria assim me sentindo?
E se não fosse pelo cansaço, eu continuaria, eu sei que eu continuaria, mesmo mentindo.
E se não fosse por esse quarto, e essas fotografias, e toda tristeza, e todo riso, por que existiriam essas lembranças passeando pela dor, no medo de um dia tudo isso deixar de existir, exceto o que eu sinto?

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Minha Tá

Minha Tá
É como sair pra ver o mar
E de lá, sair sozinho a navegar
Como cheirinho de café
Calinho doído no pé
Que nem a xícara quentinha de chá

Que nem sorrir, que nem chorar
Que nem sair pra namorar
Que nem dormir e se acordar
Que nem rezar, mesmo sem ter fé
Que nem ser como ela é
Assim é minha Tá 

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Nota sobre ela

Isso, eu não posso contar-lhe
Porque dispersos serão os versos
Um amaranhado de sentimentos
Melhor, por gora, deixar quieto.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Às vezes...



E às vezes quando te sinto no peito de doer
E te sinto nos pés de cansar
E às vezes quando te vejo pelos olhos de não crer
E por entre os meus dedos, a tua pele a passear

É quando me arrastas... vem, me leva desse lugar
Na água, pela correnteza a me mover
Ou mesmo por essa terra, pela saudade dela, que faz curar.

-Triell Andrade & Júnior Freitas 

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Amores inventados

A culpa? Dos amores
Do peito aberto sem culpa
Da culpa sem arrependimentos
E dos arrependimentos cheios de culpa

Das vontades passageiras, sempre eternas
Dos eternos amores inventados
Criados nas solidões, nem sempre desertas
Dos insertos amores, quase sempre tão errados

De mim, que fecho os olhos e sou levado
E dela, que não me vê assim
Amando todos esses amores inventados.

sábado, 21 de maio de 2016

Quando fecho os olhos

É quando fecho os olhos e quero esquecer.. Todo aquele riso. 

Das vezes que eu me encontrava

Das vezes que fui despedida
Fui pequena luz fundida
Era um ponto de partida
Tinha um sonho em minhas mãos.

Das vezes que eu fui nada
Como quando eu andava errada
La de longe eu caminhava e
Quem me via pela estrada
Só se via solidão.

Das vezes que me vi no escuro
Fechei os olhos e fiquei mudo
Por onde passava
Desenhava saudade pelo chão.

domingo, 15 de maio de 2016

Não por outro amor



Foi amar com outro alguém
Que não lhe pudesse dar amor
Se achar num outro alguém
Mais perdido do que agora eu estou

Entregar- se a um outro alguém
Estar nos abraços de um outro protetor
Quis achar num outro amor

Foi amar com outro alguém
Um alguém distante do que agora eu sou
Que não lhe pudesse dar amor

Tateia o tempo e esse chão
Não vai assim não
Não por outro amor

Que seja a partida por dor
Não por pura invenção
Não vá por outro amor

terça-feira, 26 de abril de 2016

Essa vontade de mudar...



Ontem resolvi trocar todos os móveis de lugar
Arrastei a mesa... parecia estar presa
Essa, que já nem queria se deixar arrastar

Ontem resolvi dar todas as minhas roupas
Tirei-as das gavetas da cômoda, do guarda-roupa
Como se já não as quisesse mais jogar

Ontem resolvi cortar o meu cabelo
Peguei a tesoura e o espelho
Mas logo desistir, por medo de não gostar

Hoje, eu levantei cedo,
Olhei pro ontem, olhei pra dentro
Me deu uma vontade de mudar.







quinta-feira, 14 de abril de 2016

Das estrelas que caíam tão meninas


Tinha o amor
Era pequeno
Mas era da gente
Todo aquele amor

Tinha a dor
Que doía na gente
Durava pra sempre
Toda aquela dor

E um cobertor
Que esquentava a gente
Cobria a gente do frio do ventilador
E no calor
Descobria gente
Passeava na gente o vento do ventilador

Tinha janela , e nela, a noite e o dia
Estrelas que caiam até o nascer do sol
E das estrelas que caíam tão meninas
Matutino o riso delas
Dava-as ao meu amor

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Enquanto você dançava

Quando essa música parar de tocar
E não mais tiver cigarros para ascender
Quando essas luzes se apagarem
Por entre as esquinas te procurar e não mais te ver
E o negro dos teus olhos já borrados 
Triste os meus olhos por não mais os ter
Seguir teus paços e não te achar
Me achar perdido por não te ver
Quando você parou de dançar
No tempo, eu quis voltar pra ver
Pra te ver novamente me olhar
Quis te tirar pra dançar
Te levar dali

domingo, 3 de abril de 2016

Aquelas lembranças

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Iracema e a saudade 

"Hoje não tenho nada
 Um dia... até tive a saudade
 Mas essa, me vem todos os dias."



domingo, 24 de janeiro de 2016

Quando imagino, tudo é real.


Me sinto vivo quando me permito sentir todas essas coisas, e só de poder sentir, fechar os olhos e imaginar, como se tudo me rasgasse a pele, como se tudo fosse real, é como se estar sempre embriagado, só para não ter de enxergar as doses de sossego se esvaírem e o tornar da lucidez… Enquanto essas tristezas virem a tona, novamente, terei de sair de mim. Porque quando sinto, tudo é real. Todas as lembranças se arrastam até onde estou, me transportando para longe do que sou. É como se fechar os olhos e estar transando com o vento, e é como se a borracha do pensamento exilasse o pragmático – o que é real– e abraçasse a enigmática vontade de sentir e se imaginar fazendo o que sempre me traz paz… Ir de encontro com a solidão.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O tempo atemporal

A vida 

Vocês vão ver, aos poucos, se vão os pais
E os teus amigos já não serão tão irmãos
Quando seus filhos estiverem grandes demais
Para ouvirem os conselhos caretas dos seus pais

E os seus avós, já nem lembrarão quem são
Quando os teus dias pedirem um pouco de paz
No vazio da noite, teus olhos não aguentarão
Perceberá que a vida é dura demais

E chorará de cansaço
Dormirá sem abraço
Acordará de manhã cedo
E chorará por medo  
 
Você dirá que agora tudo faz sentido
Os cabelos brancos e os amores não vividos
A solidão e o pôr do sol... o arrebol  
E a vida
A vida