domingo, 24 de janeiro de 2016
Quando imagino, tudo é real.
Me sinto vivo quando me permito sentir todas essas coisas, e só de poder sentir, fechar os olhos e imaginar, como se tudo me rasgasse a pele, como se tudo fosse real, é como se estar sempre embriagado, só para não ter de enxergar as doses de sossego se esvaírem e o tornar da lucidez… Enquanto essas tristezas virem a tona, novamente, terei de sair de mim. Porque quando sinto, tudo é real. Todas as lembranças se arrastam até onde estou, me transportando para longe do que sou. É como se fechar os olhos e estar transando com o vento, e é como se a borracha do pensamento exilasse o pragmático – o que é real– e abraçasse a enigmática vontade de sentir e se imaginar fazendo o que sempre me traz paz… Ir de encontro com a solidão.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
O tempo atemporal
A vida
Vocês vão ver, aos poucos, se vão os pais
E os teus amigos já não serão tão irmãos
Quando seus filhos estiverem grandes demais
Para ouvirem os conselhos caretas dos seus pais
E os seus avós, já nem lembrarão quem são
Quando os teus dias pedirem um pouco de paz
No vazio da noite, teus olhos não aguentarão
Perceberá que a vida é dura demais
E chorará de cansaço
Dormirá sem abraço
Acordará de manhã cedo
E chorará por medo
Você dirá que agora tudo faz sentido
Os cabelos brancos e os amores não vividos
A solidão e o pôr do sol... o arrebol
E a vida
A vida
Vocês vão ver, aos poucos, se vão os pais
E os teus amigos já não serão tão irmãos
Quando seus filhos estiverem grandes demais
Para ouvirem os conselhos caretas dos seus pais
E os seus avós, já nem lembrarão quem são
Quando os teus dias pedirem um pouco de paz
No vazio da noite, teus olhos não aguentarão
Perceberá que a vida é dura demais
E chorará de cansaço
Dormirá sem abraço
Acordará de manhã cedo
E chorará por medo
Você dirá que agora tudo faz sentido
Os cabelos brancos e os amores não vividos
A solidão e o pôr do sol... o arrebol
E a vida
A vida
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