sexta-feira, 10 de julho de 2015

Quando a gente pensa que vai dar pé

11/07/10, 00:21. Acordei assustado, o  telefone tocava sem parar. Ouvindo paços gastos e distante, resolvi levantar-me e ver o que se passava. Com a cabeça encostada na parede e os olhos cheios d'água, vi lhe faltar as palavras - Meu irmão faleceu!



E assim já nem se ria

E assim já nem se ria
Mesmo à dor, se seguia
Sem nem brigas de irmãos

A rua Calada, sem correria
Sem quem inventasse os fins do dia
Nem Brincadeira de irmãos

Agora, o que se via
A solidão nas tardes vazias
Era aí que se doía
Quando nem mesmo se podia
Ter abraço de irmão.

Por hoje


Chega uma hora que o tempo nos coloca no canto da parede e "tome-le" lapeada para cima e para baixo, nos fazendo enxergar coisas que, há um tempo,  estavam fora dos nossos planos.
Como diz meu amigo Pessoa: "Quem quer nunca há de poder, porque se perder em querer."
Então, por ontem e por hoje, inda estou vendo uma vida pra eu viver.  



Ver uma vida pra eu viver

Por quanto pesa a calma
Nem peça pra eu viver
De tudo, me resta a alma
Mais nada tenho a perder.

E tudo que me prendia
Ver uma vida pra eu viver.